quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Reportagem Najua: A realidade dos Índios Kaingang em Irati

Grupo de professores de língua portuguesa e história formados pela Unicentro procurou a reportagem da Najuá para criar um vínculo entre os índios e a comunidade iratiense
Sassá Oliveira


Ângelo, índio Kaingang
Já faz algum tempo que os iratienses, se deparam com índios percorrendo as ruas vendendo balaios, cestas e outros objetos do artesanato indígena.

Os índios que vemos em Irati são Kaingangs da reserva indígena Ivaí, que fica no município de Manoel Ribas. Na reserva eles trabalham na agricultura e plantam feijão, soja, mandioca e batata para seu sustento. No entanto, as dificuldades de sobrevivência através da agricultura fizeram com que os índios passassem por uma transformação cultural e procurassem as cidades para vender seus artigos de artesanato. Eles ficam por curtos espaços de tempo, fabricam e vendem artesanato e depois retornam à reserva.

Até bem pouco tempo os kaingangs habitavam um terreno baldio ao lado da antiga rodoviária, localizada na rua Dona Noca e viviam em barracas de lona em condições muito precárias.

Quando a rodoviária mudou de endereço, a paralisação das obras do Centro Cultural (paralisadas desde 2010) propiciou aos índios a oportunidade de se instalarem em local que, apesar de sem condições básicas como água e luz, é melhor que as antigas barracas.

Índia Gamu fanzendo artesanato no local onde está sendo construído o Centro Cultural Denise Stoklos
"Existe preconceito, mas os índios são gente como nós e por uma questão ancestral são os verdadeiros donos do Brasil", comentam os professores


Um grupo de professores de língua portuguesa e história, formados pela Unicentro, que realizam um projeto do curso de Especialização em Educação e diversidade, procurou nossa reportagem com o objetivo de criar um vínculo entre os índios e a comunidade.

Segundo Marciano Eduardo, pós-graduado em educação e diversidade, a presença dos kaingangs em Irati tem gerado diversos conflitos. “O local onde os índios estão alocados hoje não é o ideal, não tem luz não tem água, não tem banheiro, mas no momento é o lugar que mais se enquadra com eles”, comenta.

O grupo de professores traçou algumas metas visando facilitar a vida dos kaingangs em Irati e integrá-los no contexto social. Uma delas é mediar conversas entre os índios e o poder público para possibilitar a construção de um espaço para abrigá-los durante o tempo em que estão na cidade.

Comunidade indígena posa para foto com Fabiana e o professor Marciano (ao centro)
O índio Kaingang Adilson ao lado da professora Fabiana Orreda













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